As pequenas viagens podem mudar a sua vida

Viajar

Take me there

Quando eu era criança, assistia filmes, lia tudo que eu podia e sempre fazia muita pergunta, sobre tudo. Eu queria saber do mundo ao meu redor e mal podia esperar para ganhar o mundo e sair por aí. Fizemos muitos passeios por Fortaleza, aonde morávamos e olha que eu nem sabia que morava em um dos destinos turísmos preferidos de muitos brasileiros. Fazíamos passeios de um só dia e voltávamos pra casa feliz da vida, cheios de estórias pra contar na escola. Eu tinha oito anos de idade quando a professora me perguntou o que eu queria de ser quando crescer e eu falei que queria ser jornalista porque queria viajar o mundo. Eu queria mesmo era ser a próxima Gloria Maria e fazer todos os especiais de viagem do Globo Reporter.

O tempo foi passando e entre um feriado prolongado e outro nós tínhamos a oportunidade de viajar para o interior do estado. Mais uma vez, Pai, Mãe e quatro filhos dentro de um chevette prontos para enfrentar 6 horas de estrada até chegar à Serra Grande de Tianguá, que era até então a coisa mais próxima de uma montanha que eu já tinha visto na vida. E também a primeira vez que havia sentido frio na minha vida (eu nem sabia que frio de verdade, eu só viria a sentir muitos anos mais tarde).  Mas a sensação de viajar era gostosa e nós estávamos fazendo a nossa primeira “road trip” em família.

Quando chegava o novo ano, a coisa que eu mais gostava de ganhar era um calendário, adivinha pra quê? Para contar quanto feriadões nós teríamos naquele ano. Adorava quando o feriado era na segunda-feira, mas feriado bom mesmo, era o feriado da quinta-feira, que emendava com a sexta, sábado e domingo. Eita felicidade!

Newport - RI 2006

Newport – RI 2006

Eu ainda estava no último ano do ensino médio, quando resolvi que queria fazer um intercâmbio nos EUA, mas meus planos foram por água a baixo na primeira entrevista com a coordenadora da agência porque eu não tinha dinheiro para bancar as despesas e muito menos domínio básico de inglês. Ok! Não foi dessa vez, pensei. Bola pra frente.

Já na faculdade, a estória foi outra. Participei de todos os congressos estudantis durante os quatro anos em que fiquei por lá. Eu tinha até uma malinha já pronta para viagem. Viajava sempre com a mochila, o colchonete e a malinha de rodinha quando as viagens eram mais longas. Acho que foi alí que o mosquitinho viajante me deu sua mordida fatal. Eu adorava, chegar numa cidade nova, ficava fascinada com os diferentes sotaques e queria provar das comidas de cada lugar e ver tudo ao meu redor. E foi assim, tive a oportunidade de conhecer pessoas nos quatro cantos desse meu Brasil lindo.

Alguns anos mais adiante, e a vida profissional tomou outro rumo assim como também as prioridades que foram se redefinindo, mas havia sempre uma estrada no meu caminho. Aceitei um trabalho junto à prefeitura municipal de Morada Nova, um município há mais ou menos 170 Km de Fortaleza. Essa foi a minha primeira experiência morando distante da família e foi  maravilhosa. Claro que durante esse período sempre encontrávamos um motivo para uma escapadinha e pegar a estrada no final de semana. E tenho um mundo de estória para contar dessas aventuras. Mas isso é assunto para outro post.

Após quatro anos na cidade, o mosquito viajante resolveu me cutucar novamente. Eu queria ver o mundo, então acabei aplicando para o visto americano e, para não esticar muito o assunto, parti para os Estados Unidos dentro de duas semanas. E assim, já se passaram 13 anos e já rodei muito pelo país. Agora moro no Havaí e, resolvi registrar aqui nesse espaço, não apenas minhas experiências e aventuras, como também oferecer dicas acerca da região. O maior desafio agora é organizar o racioncínio e trazer à tona, todas as memórias de tantos momentos maravilhosos e também de alguns perrengues (Sim, eles existem mesmo!) durante esse tempo todo.

Por enquanto, estou em fase de planejamento de nossas férias, então passarei as dicas aqui. Estaremos à caminho do Canadá para uma viagem de esqui, que já promete ser fantástica. Abaixo segue a foto da minha primeira experiência esquiando que por si só já oferece a inspiração para um futuro post aqui no blog.

Primeira vez esquiando

Primeira vez esquiando

Projeto “Diving around Maui”

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Creio que não preciso dizer que o Havaí é um dos melhores lugares do mundo para mergulho. Morar em Maui me permite usufruir das belezas naturais e explorar tudo o que me for possível. Assim sendo, resolvi dividir aqui as minhas descobertas e aventuras de mergulho. Quero também lembrar que em momento algum tenho ou terei a pretenção de escrever posts técnicos sobre a atividade de mergulho. O que vocês verão aqui é nada mais, nada menos do que uma descrição informal e despretenciosa daquilo que eu for vivenciando ao longo da minha jornada. Afinal, esse é um blog pessoal, feito inicialmente para família, amigos próximos e distantes e que está de portas abertas para receber novos amigos.

Meu marido e eu saímos para mergulhar todos os finais de semana. Domingo passado, encontrei um livro com a descrição e indicação de diversos lugares ao longo da ilha para a prática de mergulho, para a alegria de mergulhadores  iniciantes, intermediários e avançados. Nossa idéia agora é sair por aí e explorar cada um desses pontos  e isso me motivou a partilhar essa experiência aqui no blog. As fotos que aqui verão não são profissionais, embora o maridão seja fotógrafo. Usamos uma máquina pequena, apenas para registrarmos nossos momentos e descobertas, por isso a qualidade é limitada. Mesmo não sendo uma especialista no assunto, ficarei feliz em esclarecer qualquer dúvidas. O que eu não souber, pesquisarei e juntos aprenderemos sobre o assunto.

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Em Maui, há inúmeros pontos para scuba diving. Makena é um lugar de fácil acesso, que não requer barco e perfeito para iniciantes. Nessa época do ano (Junho e Julho) há fortes correntes, o que às vezes dificulta. Em geral a visibilidade é perfeita, com presença garantida das famosas tartarugas marinhas, que diga-se de passagem, são protegidas pro lei. Lembre-se que o mar é  território delas e por mais que seja tentador, em hipótese alguma pense em tocá-las. Isso pode lhe garantir uma multa de 10 mil dollares. Deixe-as nadar livremente e evite perseguí-las. É uma sensação maravilhosa poder nadar ao lado dessas criaturas lindas. Um dos pontos fortes de Makena Landing são as cavernas submarinas. Há pequenos tubarões (inofensivos), corais maravilhosos, tartarugas e claro uma diversidade de peixes de encantar os olhos.

Sei que nem todos que visitam o Hawaii, vêm com o intúito de mergulhar, mas aos que vêm, espero que possam aproveitar ao máximo as possibilidades. Em breve voltarei com mais novidades.

Aloha,

Sandra